Atlético-MG tem bloqueio judicial de R$ 1,6 milhão por dívida com empresário André Cury
Recuros negados pela justiça em ações com empresário André Cury por pendência do Galo com agente supera a casa dos R$ 65 milhões.
O Atlético-MG enfrentou mais uma derrota judicial nesta semana contra o empresário André Curry, com seu saldo acumulado superior a R$ 65 milhões de reais. Na terça-feira, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) acatou pedido da equipe jurídica do advogado para congelar R$ 1.626.734,94 da conta de Galo. O clube apresentou um pedido para reverter a decisão.
Esta é a quarta conta bloqueada que André Cury obteve em uma ação civil contra Galo. No total, o empresário moveu mais de 20 ações judiciais contra clubes do TJMG, TJSP e CNRD, que não foram pagas em negociações que ele intermediou por meio da Link Assessoria Esportiva e Propaganda Ltda.
Cury está envolvido em contratações do Atlético desde 2012 e fechou acordos com Luan, Erazo, Di Santo e, mais recentemente, Guilherme Arana. Até o técnico Rafael Dudamel chegou ao clube por meio de um agente famoso no mercado do futebol.
Resolver a disputa com Cury é uma das prioridades do Atlético, e o recurso será obtido com a venda do shopping Diamond Mall, que foi recentemente aprovado pelo comitê deliberativo, que deve aproximar os cofres de R$ 320 milhões de reais. Recentemente, os dois lados tentaram chegar a um acordo sem sucesso.
Com dinheiro em caixa e disposição para pagar a dívida à vista, Galo quer que o corretor aceite um desconto de quase 50% sobre o valor da dívida original. Na primeira conversa, no entanto, Cury recusou.
Os agentes preferem receber o pagamento integral, mesmo que as opções de pagamento sejam longas, pagamentos parcelados e períodos de carência.
Galo pede a suspensão do bloqueio
Um dia após o tribunal decidir a favor do congelamento de R$ 1,6 milhão, o Atlético entrou com um pedido para reverter a decisão. Na ação, o departamento jurídico do clube argumentou que o bloqueio era “absolutamente inadequado” e havia fornecido um seguro de fiança para cobrir os custos do processo.
O que diz o documento
“TJSP consignou expressamente que o seguro garantia é admissível, desde que prestado em valor suficiente para cobrir o montante integral da execução, nos termos da legislação de regência”.
O Atlético tem argumento ainda que o bloqueio gera consequências graves para a gestão de caixa do clube e dar segmento com seus compromissos.
“O bloqueio de contas afeta severamente a administração do CAM [Clube Atlético Mineiro], o seu fluxo de caixa, o pagamento de funcionários, atletas, despesas correntes, enfim, interfere agressivamente na administração do clube”.